Parte do esforço nacional de avaliação das audiências de custódia implantadas no Brasil em agosto de 2015, a pesquisa que deu origem ao livro consistiu no monitoramento quantitativo e qualitativo de 475 audiências na cidade do Rio de Janeiro, envolvendo 560 custodiados, durante o período de 06/11/2015 a 29/01/2016. O texto traça o perfil típico das pessoas presas em flagrante no município e as circunstâncias em que são detidas; analisa a dinâmica das audiências, com ênfase nas relações entre os operadores jurídicos e destes com os custodiados; verifica os impactos do novo procedimento sobre as taxas de conversão do flagrante em prisão provisória e conclui que tais impactos por ora são muito reduzidos, sobretudo em função do conservadorismo punitivo e encarcerador fortemente entranhado no sistema de justiça criminal brasileiro.

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