“… para controlar a criminalidade e a violência policial é preciso aumentar os controles externos e reduzir os investimentos nas forças de segurança. Mais STF, mais educação, saúde, assistência social e cultura. Menos polícia”.

“O racismo estrutura um cotidiano de violações que até agora não conseguimos superar, justamente porque atingem, predominantemente, jovens negros e negras moradores das periferias”.

No mundo, as polícias objetivam maior eficácia com menor letalidade. No Rio atual, operam com muita letalidade independentemente da eficácia, diz Silvia Ramos.

O Rio precisa de políticas que coloquem a vida em primeiro lugar. Mas a intervenção federal na segurança baseou-se em táticas ultrapassadas e no aumento da violência policial, em vez das reformas estruturais e das inovações necessárias.

Sete meses após o decreto presidencial que instaurou a intervenção federal na segurança do Rio, um balanço da experiência confirma as críticas e preocupações manifestadas naquela época.

“Mesmo sem as mudanças estruturais necessárias para alterar a segurança pública no país (como reforma das polícias, mudança das políticas de drogas e reforma do sistema penitenciário) é possível reduzir mortes violentas a curto prazo com políticas de segurança orientadas para a proteção da vida”.

Artigo de Silvia Ramos​ no portal The Conversation​ destaca crise na política de segurança pública no Rio (texto em inglês).