Resumo: O artigo reflete sobre a atuação violenta, mas não-letal, da polícia nas manifestações de junho de 2013, em contraste com a alta letalidade da ação policial nas favelas e periferias do Rio de Janeiro. Ressalta que, enquanto participantes dos protestos, jovens negros das favelas vivenciaram um novo tipo de encontro com a polícia: no centro ou nas áreas ricas da cidade viram tropas que tratavam de conter o uso da força letal. Levanta a hipótese de que as relações entre jovens e policiais nas ruas, em manifestações, mesmo quando tensas e violentas, tendem a contribuir para a inclusão da reforma das polícias na agenda democrática brasileira.
AUTORA
Silvia Ramos
Como citar
RAMOS, Silvia. Juventude, polícia e democracia: o que pode mudar no Brasil após as jornadas de junho? Boletim CEDES. Rio de Janeiro, Departamento de Sociologia e Política da PUC-RJ, janeiro a março de 2014.