Resumo: O relatório (disponível somente em inglês) discute resultados de pesquisa quantitativa e qualitativa realizada em 2013 na cidade do Rio de Janeiro para conhecer concepções e atitudes dos moradores em relação a uma possível flexibilização da política de drogas em vigor no país. Além de um levantamento amostral em pontos de fluxo, foram feitos diversos grupos focais e entrevistas abertas.
Constatou-se, por um lado, que impera o proibicionismo, assentado em prenoções morais e em algumas “ideias-força” acionadas automaticamente, como a de que todo consumidor de drogas é um potencial dependente químico ou a de que a legalização faria aumentar o consumo e instauraria o caos.
Por outro lado, observaram-se fraturas, oscilações e contradições no discurso proibicionista que apontam possibilidades de ampliação do debate e aberturas para a assimilação de mudanças, desde que se consiga furar a barreira da desinformação alimentada pelos que se beneficiam direta ou indiretamente da “guerra às drogas”.