Juventude e polícia

Conflitos entre jovens e policiais são constantes em diversos países. No caso brasileiro, pesquisas mostram que as avaliações de jovens sobre a polícia situam-se no patamar mais crítico da escala de rejeição. Da parte dos policiais, percebem-se igualmente visões negativas, especialmente sobre os jovens negros de favelas. Em 2004 o Grupo Cultural AfroReggae, do Rio de Janeiro, iniciou uma experiência com policiais militares de Minas Gerais por meio de oficinas de percussão, teatro e grafite. Nos batalhões realizaram-se shows para aproximar jovens de comunidades próximas das unidades de polícia. O CESeC monitorou essas experiências e concluiu que sua efetividade residia no uso da emoção e do contato direto entre jovens e policiais, em vez do convencimento racional próprio das aulas de direitos humanos. Assentava também no reconhecimento de que é preciso não apenas mudar a polícia como admitir que há estereótipos de parte a parte a serem desconstruídos. O texto indica que a chamada “pedagogia do tambor” foi efetiva no projeto avaliado, ainda que sua replicabilidade tenha se mostrado pouco sustentável.

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