Pele Alvo: crônicas de dor e luta

A sexta edição do relatório Pele Alvo: crônicas de dor e luta denuncia a persistência de um padrão de segurança pública marcado pelo confronto e pelo racismo estrutural no Brasil. Nos nove estados monitorados pela Rede de Observatórios (AM, BA, CE, MA, PA, PE, PI, RJ e SP), foram 4.068 mortes decorrentes de intervenção policial. Destas, 3.066 são pessoas negras, correspondendo a 86% das vítimas.

A disparidade racial é especialmente crítica em estados como a Bahia, onde 95,7% das vítimas com informação racial eram negras. Amazonas, Pará e Pernambuco também registram taxas de letalidade concentradas na casa dos 90%, com 90,0%, 90,7% e 92,6% das vítimas identificadas como negras, respectivamente. Em termos de aumento, São Paulo registrou o maior acréscimo no número total de vítimas, passando de 510 para 812 de um ano para o outro.

Ceará e Maranhão também registraram altas. Mesmo as reduções apresentadas no Rio de Janeiro e no Piauí revelam que o percentual de negros vitimados é consideravelmente superior. Este cenário reitera que a letalidade policial no Brasil não é um fenômeno aleatório, mas uma manifestação direta do racismo estrutural que tem a vida da população negra como alvo preferencial.

Leia o relatório Pele Alvo: crônicas de dor e luta

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