O Rio de Janeiro vive um momento dramático no que diz respeito à segurança pública. E o mais grave é que um dos principais fatores de violência no estado é a atuação das forças policiais do governo, que viola sistematicamente os direitos da população do Rio e já matou 1.249 pessoas em 2019.
Diante desse contexto, o CESeC e o Observatório da Segurança-RJ, juntamente com a Anistia Internacional Brasil, a Casa Fluminense, o Fórum Grita Baixada, o coletivo Papo Reto e a Redes da Maré convidaram ativistas de favelas do Rio, pesquisadores, parlamentares e membros do MP e da Defensoria Pública a participarem de uma avaliação sobre a atual política do governo do estado e de definição de estratégias para pressionar por mudanças urgentes.
Como interromper as ações policiais violentas nas favelas e periferias? Como atuar no campo político, institucional e da comunicação?
A reunião ocorreu na segunda-feira, dia 30/9, às 10h, no 42º andar da Universidade Candido Mendes (Rua da Assembleia, 10), e contou com a participação de representantes de mais de 30 coletivos, movimentos sociais, centros de pesquisa, mandatos parlamentares e órgãos públicos. Os objetivos foram:
- Fazer um inventário das respostas que vêm sendo dadas à política de segurança do governo estadual, com ênfase nas iniciativas específicas, setoriais e locais
- Compartilhar experiências de sucesso na mobilização contra a atual política
- Reunir propostas de ação
Falaram representantes das seguintes organizações:
- Coletivo Papo Reto
- Justiça Global
- Fórum Grita Baixada
- Faferj/Parem de Nos Matar
- Maré Vive
- Movimento 342
- Redes da Maré
- Mandatos PSOL-RJ e PSB-RJ na Câmara Federal
- Mandatos PSOL e PSB na Alerj
- Fórum de Juventudes do RJ
- Movimento Moleque/CDH
- Ministério Público Federal
- GAESP/MPRJ
- OAB
- Defensoria Pública RJ
- Coalizão Negra por Direitos
- MediaLab/UFRJ
- Associação Brasileira de Imprensa
- Departamento de Segurança Pública/UFF
- Observatório de Favelas
- Coletivo Marginal
- Ativismo da Rocinha
- #Movimentos
- Anistia Internacional
- MPRJ
- CESeC
As propostas apresentadas, algumas envolvendo medidas imediatas, enfatizaram a importância de audiências públicas, encontros de representantes da sociedade civil com autoridades e políticos, encaminhamento de demandas aos legislativos estadual e federal, mobilização de diversos segmentos sociais, campanhas de sensibilização e manifestações pela paz no Rio de Janeiro e em outros estados.