A dor e a luta: números do feminicídio

A morte de mulheres pela condição de serem mulheres é fruto de uma tradição que as enxerga como propriedade dos maridos e constrói como ideal de feminino a imagem da mulher do lar, dos filhos e obediente – um padrão reproduzido, para além dos núcleos familiares, na rua, na escola, no trabalho e no governo. Apesar dos grandes avanços da luta feminista, quem se opõe a esse modelo torna-se, na prática, alvo de repulsa, violência e até morte.

Os altos números analisados neste texto pela Rede de Observatórios da Segurança mostram que, por mais que mudanças de perspectivas tenham acontecido,
muitas mulheres continuam morrendo por serem mulheres. Os dados levantados por pesquisadoras da Rede que monitoram os casos noticiados nos veículos de comunicação revelam a dinâmica dos crimes na Bahia, no Ceará, em Pernambuco, no Rio de Janeiro em São Paulo, mostrando, por exemplo, picos após o isolamento social devido à pandemia de coronavírus. Mostram também que raramente os jornais adotam um recorte étnico-racial das vítimas.

O objetivo do levantamento é dar luz ao processo machista que continua vitimizando mulheres, seja por agressões, ou por feminicídios, transfeminicídios,
e lesbocídios, e oferecer subsídios para embasar políticas públicas de enfrentamento da violência contra mulheres.

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