Depois do término da operação de combate ao tráfico no Rio que resultou, oficialmente, em 19 mortos e 13 feridos, inclusive uma estudante que voltava da escola e uma criança, as informações são de que os traficantes desfilam com seus fuzis livremente pelo local. Dos líderes comunitários ouvi que a violência da polícia provocou pânico e revolta. A população não sabe de onde virá a próxima bala perdida.
Qual teria sido o resultado substantivo? O recrutamento para o tráfico se dá de forma rápida e eficiente. Traficantes presos e mortos são substituídos e as armas apreendidas repostas, porque os criminosos contam com a corrupção de muitos membros das forças de segurança.
E o que é pior: nada indica que a operação faça parte de um planejamento amplo do poder público que não se limite à ação policial, mas que dê lugar à instalação de programas sociais. Sobretudo, o governador Sérgio Cabral deve uma política de segurança pública que reduza a criminalidade e a violência, respeitando a vida, com foco especialmente na redução dos homicídios.