As paradas de orgulho LGBT tornaram-se uma manifestação marcante da militância ligada aos direitos associados à diversidade sexual na década de 1990 e especialmente nos anos 2000. Uma das agendas mais importantes do movimento desde sua criação foi o tema da homofobia, ou seja, da violência contra a sexualidade de gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros. A pesquisa, coordenada pelo CESeC e pelo Centro Latino Americano de Sexualidade e Direitos Humanos (Clam) da UERJ, investiga as experiências de violência relatadas por participantes da parada. A partir de entrevistas com 468 participantes, os resultados oferecem um panorama sociológico do evento, revelando uma comunidade diversa em termos de gênero, gerações, identidades sexuais e raciais. E confirmam a vulnerabilidade dos gays, lésbicas, transexuais e travestis frente à violência e à discriminação. Ser socialmente discriminado(a) parece ser quase instituinte das identidades homossexuais, uma vez que mais da metade da amostra relata já ter sido vítima de diferentes tipos de agressões devido à sua orientação ou identidade sexual.
AUTORES
Sérgio Carrara, Silvia Ramos
Ano
2004
Número
05
Como citar
CARRARA, Sérgio; RAMOS, Silvia. Política, direitos, violência e homossexualidade: Pesquisa na Parada do Orgulho GLBT, Rio 2003. Boletim Segurança e Cidadania, n. 5, maio de 2004.