Retrato das mulheres presas no Estado do Rio de Janeiro, 1999-2000

O artigo sintetiza resultados de pesquisa realizada entre 1999 e 2000 junto às mulheres encarceradas no sistema penitenciário fluminense. Traça o perfil sociodemográfico das presas, focaliza variações no volume da população carcerária feminina nos últimos 12 anos e dimensiona as experiências de violência vividas por essas mulheres ao longo da vida. Os dados resultam de 524 entrevistas com internas no Presídio Nelson Hungria, na Penitenciária Talavera Bruce e no Instituto Penal Romeiro Neto, número que abrangia parcela muito alta da população carcerária feminina, estimada pelo Departamento do Sistema Penitenciário, à epoca da pesquisa, em 633 mulheres, incluindo as que cumpriam pena em delegacias do estado e nos manicômios judiciários. O trabalho mostra que a trajetória das presas praticamente se confunde com histórias de violência, sendo muito poucas (apenas 4,7%) as que não sofreram, em algum momento anterior à prisão, violências físicas, psicológicas ou sexuais por parte dos responsáveis, dos parceiros ou de agentes da lei.

 

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