Prêmio Gilberto Velho de Mídia e Drogas 2016

A terceira edição do Prêmio Gilberto Velho Mídia e Drogas teve início em 15 de agosto de 2016, com a abertura das inscrições. Primeira premiação jornalística dedicada ao tema no Brasil, o Prêmio Gilberto Velho é uma iniciativa do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC) que pretende estimular o debate público sobre políticas e legislação relacionadas às drogas.

O Prêmio tem apoio da Open Society Foundations e parceria com a Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo). O concurso recebeu este ano 60 inscrições, de 31 veículos, abrangendo sete estados brasileiros. Foram aceitas reportagens publicadas na mídia impressa ou na internet entre 16 de outubro de 2015 e 31 de outubro de 2016.

No dia 18 de novembro, o júri se reuniu no Rio de Janeiro para escolher os vencedores. Na seleção dos premiados, o júri levou em conta o ineditismo das informações divulgadas; as abordagens que contribuam para desafiar ideias pré-concebidas em relação ao tema das drogas; a ênfase nos direitos humanos; a diversidade de fontes e ângulos; a qualidade do texto e sua capacidade de comunicar ao leitor reflexões críticas e visões inovadoras sobre as políticas públicas e legislação na área de drogas no Brasil.

Reunião do júri: de pé, Silvia Ramos, Luiz Eduardo Soares, Marcelo Moreira, Francisco Ignacio, Mauricio Fiore e Anabela Paiva; sentadas, Andrea Dip e Julita Lemgruber

Reunião do júri: de pé, Silvia Ramos, Luiz Eduardo Soares, Marcelo Moreira, Francisco Ignacio, Mauricio Fiore e Anabela Paiva; sentadas, Andrea Dip e Julita Lemgruber

A jornalista Débora Melo, da Carta Capital, ganhou o prêmio principal, no valor de R$ 7 mil, pelas três reportagens que inscreveu: “O Brasil entra no mapa da medicina psicodélica”; “Osmar Terra e o retrocesso na política de drogas” e “A cracolândia no centro da disputa política em São Paulo” (esta, com colaboração do jornalista Tadeu Amaral).

O segundo lugar, com prêmio no valor de R$ 3 mil, foi destinado à jornalista Alessandra Mendes, pela reportagem “100% irregulares: vistorias em 42 comunidades terapêuticas apontam violações de regras e direitos”, publicada pelo Jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte.

Em terceiro lugar, levando o prêmio no valor de R$ 2 mil, foi escolhida a jornalista Ana Luiza Voltolini Uwai, com a reportagem “Nosotras: Quem são as bolivianas presas em São Paulo”, publicada pela edição brasileira do Le Monde Diplomatique.

Como ocorreu em 2015, o júri decidiu conceder duas menções honrosas, ambas no valor de R$ 1 mil. Os vencedores foram as reportagens “Maconha: não basta ser contra ou a favor, é preciso entendê-la”, de autoria da jornalista Fernanda Teixeira Ribeiro, publicada pela revista Mente e Cérebro; e “Drogas: Os caminhos das políticas públicas no Brasil”, assinada pelo jornalista Juliano Amengual Tatsch, e veiculada pelo Jornal do Comércio, de Porto Alegre.

“É importante ressaltar que o júri se orientou não apenas pela originalidade das matérias, mas também pela importância política dos temas tratados. Reportagens sobre disputas em jogo na definição de políticas de drogas; comunidades terapêuticas; e a dramática situação das estrangeiras presas no Brasil, lançam luz sobre os desdobramentos pouco discutidos em relação às drogas no país”, afirma a coordenadora do Prêmio Gilberto Velho, Julita Lemgruber.

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