O objetivo deste levantamento, feito a partir do que é veiculado na imprensa, foi lançar luz sobre o processo machista que continua transformando mulheres em vítimas e embasar políticas públicas de enfrentamento da violência contra mulheres – como ocorreu no último ano, quando muitos parlamentares utilizaram os dados do boletim anterior A dor e a luta em defesas das mulheres.
Com mais um relatório temático sobre violência contra a mulher, buscou-se narrar a história de mulheres que sofreram violências ou foram arrancadas da vida de forma abrupta, frequentemente pelas mãos de homens em que elas já confiaram em algum momento.
Em 2021, num contexto ainda de pandemia e de crise econômica, a Rede de Observatórios da Segurança identificou 1.975 casos – um registro a cada cinco horas – em cinco dos sete estados monitorados: Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. A maior parte desses casos foi cometida por companheiros ou ex-companheiros das vítimas.
O relatório dá sequência ao trabalho das pesquisadoras da Rede no sentido de apontar as dinâmicas dos crimes violentos que colocam diariamente em risco a vida de mulheres em uma sociedade estruturalmente machista, na qual se cultiva a ideia da mulher como subserviente.
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