A preferência das polícias brasileiras por uma atuação operacional, com foco em prisões e apreensões de drogas, em detrimento de investigações ou uso de inteligência policial, se reflete nas publicações de sites jornalísticos e nas redes sociais, inclusive das corporações.
Somente 25 em 7.062 notícias e relatos sobre as polícias de Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo citam o uso de “inteligência”. E apenas 373 citam “investigação”.
Enquanto isso, 1.960 publicações usaram a palavra “drogas” e 1.166, “tráfico”. Outras também comuns são “operações”, “suspeitos”, e “prisão”.
Os números são do estudo Racismo, motor da violência, que a Rede de Observatórios da Segurança divulga nesta terça-feira, após monitorar sites e redes sociais das polícias dos cinco estados entre maio de 2019 e junho de 2020.