O projeto “Drogas: quanto custa proibir” calcula o gasto público para sustentar a proibição das drogas, indica áreas em que esses recursos poderiam ter sido investidos e discute os resultados reais da proibição.

Foram necessários 122 pedidos pela Lei de Acesso à Informação para que os pesquisadores pudessem chegar à conclusão de que o Rio desembolsou ao menos R$ 1 bilhão, e São Paulo, R$ 4,2 bilhões com a proibição das drogas, diz editorial da Folha.

Editorial do Globo destaca pesquisa do CESeC – “Drogas: quanto custa proibir” -, que revela que os recursos gastos por São Paulo e Rio para aplicar a Lei de Drogas poderiam ter destinos alternativos e melhores.

O estudo aponta que a proibição das drogas não funciona e que o sistema de justiça criminal gasta muito para prender e processar, preferencialmente, jovens negros por crimes não-violentos relacionados a drogas.

Segundo Renata Neder, um dos maiores desafios do projeto desenvolvido pelo CESeC foi obter os dados das instituições, ora por falta de transparência, ora porque os dados não eram produzidos ou não tinham qualidade.

Cálculo do projeto “Drogas: quanto custa proibir” pretende qualificar debate sobre escolhas orçamentárias. Só o valor gasto num ano para aplicar a Lei de Drogas em dois estados compraria 58 milhões de doses de vacina contra Covid-19.