O fim do sensacionalismo

Seminário mostra mudanças e problemas da mídia

 

A derrota do sensacionalismo, e o início da briga por mais profundidade no conteúdo. Esta foi uma das poucas conclusões unânimes sobre a cobertura de Segurança Pública, no seminário Mídia e Violência, realizado ontem pelo Centro de Estudos de Segurança e Cidadania, da Universidade Cândido Mendes, debatendo pesquisa da cientista social Sílvia Ramos e da jornalista Anabela Paiva.

Para todos os profissionais de imprensa presentes ao evento, o sensacionalismo marcado pelas descrições exageradas e focos individualistas ficou para trás, pelo menos no que concerne à grande imprensa.

O pesquisador Dênis Mizsne, diretor da ONG paulista Sou da Paz, no entanto, advertiu que o próximo alvo de vigilância será a televisão.

– A partir das 17h, você liga a televisão e o que se vê é lamentável. Nós precisamos ficar atentos para o subproduto que os programas vespertinos policiais geram na opinião pública – disse.

Ao longo de cinco meses de 2004, as duas pesquisadores analisaram 2514 textos jornalísticos relacionados à Segurança, veiculados pelos jornais Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo, Agora S. Paulo, O Globo, O Dia, O Estado de Minas, Diário da Tarde, Hoje em Dia e Jornal do Brasil.

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