Em 2017, de fevereiro a dezembro, foram registradas 5.238 troca de tiros no estado. No mesmo período deste ano, 8.193. Os número são do relatório sobre os 10 meses da ação do governo federal no RJ, elaborado pelo Observatório da Intervenção (OI).

Levantamento do Observatório da Intervenção mostra que o avanço das mortes em operações policiais foi de 40%, enquanto os homicídios dolosos recuaram apenas 5%. Período também foi marcado pelo aumento no número de tiroteios.

Segundo o Observatório da Intervenção, o governo federal disponibilizou um crédito de R$ 1,2 bilhão para o GIF, mas apenas 72 milhões foram investidos. Cerca de 61 milhões foram repassados às Forças Armadas e 9,5 milhões, aplicados em órgãos de Segurança Pública.

Dados divulgados pelo Observatório da Intervenção mostram que houve redução de 14,4% no roubo de cargas, mas número de mortos pela polícia cresceu 40%.

O Observatório da Intervenção – apoiado por entidades como a Anistia Internacional – é uma das iniciativas de monitoramento da ação na segurança pública. “Estamos monitorando (…) dados de crimes, tiroteios etc. Os resultados não são positivos. E não vemos nenhuma melhoria estrutural na área de segurança”, diz Silvia Ramos.

De acordo com o levantamento do Observatório da Intervenção, o IDEB das escolas que ficam num raio de 100 m de lugares que registram tiros é de 3,6, enquanto nas outras escolas o índice sobe para 4,8. “Por que tanto tiro e tão pouca inteligência?” – pergunta Silvia Ramos.

A intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro está prestes a completar nove meses. Neste período, o número de tiroteios em um raio de 100 metros de escolas aumentou 156%, segundo dados divulgados nesta terça-feira (13) pelo Observatório da Intervenção.

Pelo menos 916 pessoas morreram em ações da polícia durante os oito meses de intervenção militar na área de segurança pública no estado do Rio de Janeiro, no Brasil, segundo o novo relatório divulgado pelo Observatório da Intervenção.

De acordo com o pesquisador Pablo Nunes, do Observatório da Intervenção, “não houve, até o momento, nenhuma fala contundente do gabinete de intervenção, do interventor ou do secretário de Segurança frisando que esses números são inaceitáveis”.

O Observatório da Intervenção também fez um balanço do número de policiais e militares mortos: 74, sendo apenas 27% em serviço. As operações no estado envolveram 193 mil agentes. Ao todo, 172 pessoas  morreram durante essas operações.